Descrição
A linguagem tradicional nazarena reflecte a filosofia de vida e de sentimentos de um povo cujas características o tornaram único durante longos séculos: um povo virado para o mar e que do mar “colhe” o ritmo e a agitação, transportando-os para a forma como se exprime na oralidade.
Não sendo possível reproduzir, neste registo escrito do nosso trabalho, os cambiantes sonoros do falar nazareno, nem a exuberância da linguagem corporal e dos gestos que sempre o acompanham, não podemos, contudo, deixar de apresentar algumas expressões que exemplificam a riqueza de uma linguagem muito própria, que deixa transparecer grande parte das características da identidade do povo nazareno: o espírito de sagaz observação, de sentido crítico, pleno de ironia e de acutilante sarcasmo, a lembrar a linguagem dos autos de Gil Vicente.
Armando Sales Macatrão, fez o levantamento e a interpretação dessas expressões, contribuindo assim, de forma decisiva, para a preservação de um património que, de outro modo, se perderia.
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